Aqui - Capital Inicial
Às vezes acho Que eu fiquei louco
Me dando conselhos
Até ficar rouco
Às vezes acho
Que perdi a memória
Contando de novo A mesma história...
Aqui onde as horas não passam
Aqui onde o Sol não me vê
Aqui onde eu não moro
Não existo sem você...
Me olho no espelho
E me vejo do avesso
O mesmo rosto
Que eu não reconheço
O rádio ligado
Chuva e calor
As gotas me ferem
Mas não sinto dor...
Aqui onde as horas não passam
Aqui onde o Sol não me vê
Aqui onde eu não moro
Não existo sem você...(3x)
Até que derrepente sinto uma vontade sem tamanho de jogar tudo para o alto, de fugir de tudo e de todos, de parar de ajudar e servir de objeto para os outros e viver a minha vida. Um clamor trava em minha garganta, um suspiro parte sem forças de chegar a lugar algum.
Carência? Saudade? Ciúmes? Necessidade?
Acredito que nem necessário seja esta definição, pois a angústia continuará dentro de mim idependente de respostas.
Quero gritar para todos ouvirem tudo o que à muito está entalado aqui. Preciso mostrar o que se prende dentro de mim, quero usar, ousar, abusar, sem precauções. Devo pensar em mim mesma, expulsar esse tormento do meu peito, aprender a lidar primeiro comigo e depois, quem sabe, com os outros.
Afim de vagar sem rumo, permitir que lágrimas jorrem de meus olhos incessantemente, que meus pensamentos voem além de mim e se concretizem em algum lugar distante.
As palavras se vaiem sem sentido algum, confusas como minha mente, não consigo me expressar, para me interpretar neste exato momento, apenas invadindo minha consciência. Nem eu me entendo mais, não sei mais que rumo quero tomar, nem o que quero fazer da minha vida, meu coração está em completa pane, buscando um motivo útil para continuar a bater.
Apenas cansada de ser quem eu sou, exausta de parecer algo que nunca fui e refletindo em o que posso ainda me tornar...